segunda-feira, 16 de maio de 2011

SONETO

 CONCLUSÃO

Os impactos de amor não são poesia
(tentaram ser: aspiração noturna).
A memória infantil e o outono pobre            
vazam no verso de nossa urna diurna.
Que é a poesia, o belo? Não é poesia,
e o que não é poesia não tem fala.
Nem o mistério em si nem velhos nomes
poesia são: coxa, fúria, cabala.
Então, desanimamos. Adeus, tudo!
A mala pronta, o corpo desprendido,
resta a alegria de estar só, e mudo.
De que se formam nossos poemas? Onde?
Que sonho envenenado lhes responde,
Se o poeta é um ressentido, e o mais são nuvens?

Carlos Drummond de Andrade
                
                    *************

Caros estudantes! A poesia colore a vida, ela explica o inexplicável!!!
 
Sugestões de leitura : livros de poemas para iniciar:
       
* Pé de Poesia = Cecília Meireles...e outros
* Batata cozida, mingau de cará = Eloí Elisabete Bocheco
(Tradição ora)
* Bichos de Versos = Ferreira Gullar...e outros.
* Palavras de encantamento = Elias José... e outros
* Na onda dos versos = Ana Cristina Cesar...e outros
* Poesia das crianças = Casimiro de Abreu... e outros ( volume I)
* Antologia Poética  = Mário Quintana
* Ninguém sabe o que é um poema = Ricardo Azevedo.

   BOA LEITURA!